A coleção de jornais foi constituída pela Biblioteca Municipal, hoje Biblioteca Nilo Peçanha, a partir de sua fundação em abril de 1903. A metodologia de formação consistia na aquisição contínua de exemplares de jornais publicados em Campos dos Goytacazes e, em menor grau, em outros municípios, com a subsequente responsabilidade da instituição pela encadernação desses volumes. A custódia desta coleção foi formalizada após a criação do Arquivo Público em 18 de maio de 2001, por meio da Lei 7.060, momento em que foi firmado um acordo institucional para a guarda e preservação do acervo. A coleção, que possui alto valor histórico-documental, enfrenta desafios significativos de conservação: muitas das encadernações se encontram em mau ou péssimo estado devido à falta de acondicionamento apropriado, o que demanda intervenções de restauração.

O acervo contém títulos de grande relevância, como o “Monitor Campista”, fundado em 1834. Este jornal é um dos mais antigos do país e sua coleção física, quase integralmente disponível, é fundamental para o estudo da história brasileira, pois detalhou acontecimentos nacionais e seus impactos diretos em Campos dos Goytacazes, evidenciando a contínua integração do município aos grandes eventos políticos, sociais e culturais do país. Além disso, foram adquiridos, com financiamento da FAPERJ, rolos de microfilme de títulos correlatos ("O Campista", "O Recopilador", "O Recopilador Campista" e "O Monitor") junto à Biblioteca Nacional. Outros destaques incluem a “Folha do Comércio”, fundado em 1909 e ligado à Associação Comercial e co-fundada pelo intelectual Theophilo Guimarães; “A Cidade”, impresso pela primeira vez em 1934 e que alcançou grande popularidade entre a classe trabalhadora; e a “Folha da Manhã”, que começou a circular em 1978, permanecendo até hoje como um dos mais vendidos na região e pioneiro no uso de fotos coloridas em Campos.

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